O impacto da pandemia do Covid-19, na Saúde do Trabalhador
A Covid-19 é a nova crise humanitária, devido seu alto índice de transmissibilidade já superamos em todo o mundo 5 Milhões de casos confirmados e mais de 2 Milhões de mortes. Os sintomas variam muito a depender de comorbidades pré-existentes, podendo em alguns casos virar uma síndrome respiratória grave, sendo severa e muitas vezes letal. Diante de um cenário com poucas vacinas uma dos soluções para diminuir sua proliferação são os lockdowns, que apesar de tentarem diminuir o contágio com a diminuição da circulação causa evidentes efeitos socioeconômicos.
Os principais sintomas que afetam os trabalhadores na pandemia do Covid-19 são: depressão, ansiedade e alcoolismo, sendo 69,1% abusadores de álcool ou passando por algum transtorno de ansiedade e 30,9% sofrem por depressão. Acredita-se que condições socioeconômicas, como a perda de emprego (ou o simples risco em perde-lo), a diminuição da renda devido à redução das jornadas de trabalho podem explicar essa situação.
A saúde mental está sendo afetada pelo estilo de vida das pessoas, nas mudanças bruscas que precisamos nos habituar a partir do isolamento social.
Outro fator que não podemos deixar de lado na pandemia é o sedentarismo, onde as pessoas quando saem de casa, utilizam automóveis, preferem elevadores do que escadas, e acabam reduzindo as atividades físicas, e também tem a má-alimentação, a população com medo de sair de casa, está preferindo o consumo de alimentos industrializados devido ao extenso prazo de validade e fast-foods, porém são alimentos mais calóricos, carentes de aportes nutritivos, resultando na obesidade, hipertensão e diabetes, elevando aos riscos diante da Covid-19.
Após a reforma de 2017 no Brasil, foram criadas subcategorias de emprego mais frágeis e vulneráveis em termos de direitos.
Na área da saúde do trabalhador, essa reforma favorece a emergência de mais doenças e acidentes, onde o trabalhador não é reconhecido como sujeito de direitos, sem ter o poder de recusar trabalho em condições precárias, e ainda ficando submisso ao empregador sem poder contestar melhores condições de trabalho ou adequações de jornadas.
Daí então chega a COVID-19 onde, para conter a pandemia e a velocidade de transmissão é necessário distanciamento social por meio de diferentes níveis de isolamento, baseado muitas vezes na disponibilidade de leitos UTI para tratamento da doença. Em situações mais graves onde é necessário o lockdown apenas serviços essenciais tem a permissão de continuar funcionando. Assim, alguns trabalhadores são direcionados para o home-office, já outras categorias simplesmente deixam de trabalhar.
Por: Melina Cruz
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